Tatuagens e diabéticos | 10 Masters

Diabéticos, devem fazer uma tatuagem?

Mitos e verdades sobre tatuagens em diabéticos

12 Janeiro 2024

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Ao fazer uma tatuagem, muitos cuidados devem ser considerados, como as medidas sanitárias e cuidados com a pele. Mas e os diabéticos?

Alguns rumores dizem que os diabéticos podem ter mais problemas na hora de tatuar e isso pode alertar os artistas. O que dizem os especialistas sobre isso? Os rumores verdadeiros ou apenas uma lenda urbana?


O que é diabetes e como isso afeta a pele?

Esta é uma condição que implica que o pâncreas não funciona como deveria. É crônica e aparece quando esse órgão não produz insulina ou quando o corpo não consegue assimilá-la.

A insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue e, se não for controlado, pode causar grandes desequilíbrios no organismo.

As condições da pele também estão associadas. Uma pessoa com diabete é muito mais propensa a secura e outras condições relacionadas à pele.

A pele seca é uma das comorbidades mais comuns em pessoas com essa condição, pois níveis elevados de glicose no sangue aumentam as chances de desidratação da pele.

Entre outros sintomas, a coceira é o mais frequente e evitar coçar é primordial, pois, caso contrário, como a pele está tão enfraquecida, podem aparecer feridas e até sangrar. Portanto, é fundamental manter a hidratação e a umidade.

Como você pode imaginar, esta é uma questão fundamental no mundo da tatuagem.

Como a pele é a tela dos desenhos, no caso de uma possível doença e/ou da existência de certas complicações de pele, ela pode avisá-lo como profissional ao realizar um trabalho.

Mas não entre em pânico, vamos ver como isso pode nos afetar.


Tatuagens e diabete, desmascarando alguns mitos

Muitas pessoas dizem que tatuagens em pessoas diabéticas não são recomendadas. Na verdade, você pode encontrar endocrinologistas que não concordam com pacientes que querem ter um.

Outros especialistas, como a British Diabete Association, acreditam que, se a condição for devidamente controlada, isso não deve significar um grande problema.

No entanto, nem tudo depende do diabete em si, mas sim dos cuidados que a pessoa tem.

Se o diabete não for controlado:

  • A pele pode estar em mau estado, sem a hidratação necessária, e isso complica tanto o seu trabalho como tatuador quanto o processo de cicatrização do seu cliente. Se houver uma ferida, a pessoa com diabetes não controlada apresenta um processo de cicatrização muito mais lento e complicado do que as outras pessoas.

  • Além disso, pode ocorrer uma resposta imune deficiente a infecções.


Mas, se o diabete estiver controlado

  • Certas precauções ainda devem ser tomadas, principalmente se o cliente for insulinodependente, pois não seria aconselhável tatuar nas áreas onde geralmente são feitas as injeções.
  • Evite tatuar cotovelos, tornozelos, juntas ou pulsos porque são as áreas mais propensas a complicações na pele.

Além disso, também se diz que as pessoas com diabete, quando tatuadas, podem ser mais suscetíveis a alergias, mas muitos respondem que isso não ocorre em todos os casos da mesma forma e depende de cada organismo em particular.

Para descartar dúvidas, podemos fazer um teste de alergia. Consiste em tatuar um pequeno ponto com a tinta que será utilizada e aguardar 24 horas para verificar se surge algum efeito adverso.

Algumas pessoas pensam que, uma pessoa diabética deve tomar medicação após se tatuar. Esta não é uma regra geral, a menos que a tatuagem seja infectada.

De qualquer forma, as consultas médicas são essenciais. Um especialista sempre terá as respostas certas.


E as tatuagens de henna?

Embora as tatuagens de henna sejam superficiais e você não precise perfurar a pele (então você pode pensar que elas não causam problemas), pelo contrário, elas tendem a causar reações alérgicas em muitas pessoas.

Isso ocorre porque a tinta vegetal de cor avermelhada usada é misturada com produtos químicos um tanto tóxicos.

É parafeniledina, e é o que dá o tom preto à pele. As reações mais frequentes são coceira forte, irritação e vermelhidão.

Assim, em pessoas diabéticas, alguns recomendam não fazer esse tipo de tatuagem para evitar problemas sérios.


Tintas especialmente concebidas para diabéticos?

Outra dúvida que pode surgir sobre as tatuagens diabéticas é se devem ser utilizadas tintas especialmente desenhadas para este tipo de cliente.

A realidade é que, como mencionamos anteriormente, se o cliente tiver um bom controle da sua doença, não haverá necessidade de usar tintas diferentes.

No entanto, os cientistas projetaram um tipo de tinta com nanotecnologia que muda cor dependendo da glicose e alerta quando algo está indo no caminho certo ou errado.

Essa tecnologia foi desenvolvida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) com Harvard, e foi batizada com o nome Dermal Abyss, podendo analisar determinados valores e mudar de cor quando eles variam! Impressionante, né?

Isto é que quando o pH muda, a tinta muda entre rosa e roxo, ou quando a glicose sobe ou desce, as tintas mudam de azul para marrom, e quando se trata de sódio, ele fluoresce sob luz UV!

De qualquer forma, esta tinta ainda está em nível experimental e só foi testada em pele de porco e não em pele humana. No entanto, pode-se dizer que parece estar funcionando muito bem.

O projeto visa ampliar sua gama de cores, além de oferecer mais pesquisas e esclarecer dúvidas sobre se são seguras, se duram no tempo, se afetam de alguma forma a pele ou se podem ser aplicadas em qualquer parte do corpo.


Então, é seguro tatuar clientes com essa condição?

Ao falar sobre condições de saúde e tiver dúvidas, consulte um especialista. Você e o seu cliente ficarão mais tranquilos e poderão trabalhar com segurança, mas o mais importante, com informações certificadas.

De qualquer forma, excluindo o caso do cliente descuidado com essa condição, tatuar pessoas com diabete não deve levar a grandes complicações. De qualquer forma, lembre-se de perguntar primeiro se eles são diabéticos.

O que você pensa sobre isso? Você já tatuou diabéticos? Deixe-nos um comentário!

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